PREMISSAS E VALORES
Somos como anões aos ombros de gigantes Bernardo de Chartres
O conhecimento do património e das artes permite-nos uma consciência histórica e inscreve-nos como parte de uma tarefa infinita – que recebemos como herança e que devemos renovar.
Fazemos parte dessa tarefa infinita quando, ao promovermos uma educação que valorize o património e as artes, estamos a reconstruir fundações sólidas para comunidades historicamente enraizadas.
Os cidadãos, conscientes das diversas influências culturais, sabedores críticos com uma visão ampla sobre as histórias das comunidades e dos territórios que os acolhem, ajudarão a derrubar muros e a preparar a mudança que, por ser uma das mais grandiosas tarefas infinitas, compõe e agita o mundo e a vida.
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COLABORAÇÃO
Saber Fazer Português
A área governativa da Cultura, em articulação com as áreas da Economia e do Trabalho, criou uma estratégia nacional para a preservação e desenvolvimento sustentável da produção artesanal. Assim, nasce o Saber Fazer Português, cuja proposta de intervenção assenta em quatro eixos fundamentais – preservação, educação, capacitação e promoção. As medidas definidas visam provar que o artesanato tradicional pode ser um setor tão dinâmico e inovador quanto rico e diverso, o que faz com que tenha um impacto significativo no desenvolvimento económico do país.
No âmbito desta estratégia nacional, enquadrado no projeto cultural do Agrupamento de Escolas das Taipas, Guimarães, realizaram-se 2 workshops com turmas do 9.º ano. Esta iniciativa propõe uma ligação aos materiais naturais, às técnicas tradicionais e ao contacto com artesãos. Também no Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna, em Lisboa, 2 turmas do 1.º ano desenvolveram técnicas específicas de cestaria tradicional em 3 workshops a partir de 3 matérias-primas/plantas – bracejo, palma e bunho – com os artesãos Isabel Martins, Vanessa Flórido e Manuel Ferreira. Os alunos envolveram-se entusiasticamente nos diferentes modos de fazer e na produção dos objetos propostos.
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ENTREVISTA
Maria Emília Brederode Santos
Maria Emília Brederode Santos nasceu em Lisboa, em 1942. Cresceu numa família onde “a politização era quase como uma segunda pele”. A inclinação para as Letras levou-a até ao Direito, área que viria a abandonar por não se identificar com o tipo de ensino. É nas Ciências da Educação que descobre o seu lugar, de onde não mais saiu e a que dedica uma vida repleta de experiências, reflexões e ensinamentos. Recebe, no próximo dia 25 de janeiro, o Doutoramento Honoris Causa pelo ISPA (Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida).
PNA. Em 1952, vai estudar para o Liceu Francês, onde conviveu com professores e artistas. O que lhe deixaram esses professores e esses artistas?
MEBS. Desenvolveram-me o pensamento crítico e uma visão mais aberta do mundo.
PNA. Entretanto, através de um bolsa de estudos, num programa de intercâmbio de estudantes, foi estudar para a Califórnia durante um ano. Como foi essa experiência?
MEBS. Foi uma experiência importantíssima que marcou a minha vida. Estar sozinha, aos 16 anos, obrigou-me a pensar muito. Fez-me refletir sobre educação, porque a escola era muito diferente da escola portuguesa. Era, já naquela altura, uma escola para todos, heterogénea, repleta de diversidade cultural. Além disso, o currículo, de base humanista, tinha disciplinas de opção e oferecia também áreas facultativas onde se aprendia imenso. Dava-se muita importância ao saber fazer, mas também à cidadania ativa e à ligação ao real.
PNA. O que destaca da sua carreira profissional?
MEBS. Ter participado na transformação do sistema educativo português, altamente repressivo, opressor e elitista, numa educação que procura ser para todos, inclusiva e colaborativa. Gostava que abrangesse as várias dimensões da pessoa humana, algo que hoje no sistema não tem ainda o desenvolvimento necessário. Porque é precisamente a diferença que nos faz pensar.
PNA. Qual é hoje o grande desafio da educação?
MEBS. Saber lidar com a mudança e a incerteza, por isso é cada vez mais necessário valorizar a sua dimensão afetiva.
PNA. E qual é a tarefa infinita da educação?
MEBS. A educação é ela própria um esforço infinito, sempre inacabado. Dois conceitos ilustram-no especialmente: a educação permanente e a educação inclusiva.
Leia na íntegra a entrevista.
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MOCHILA CULTURAL
Guaxuma, uma curta-metragem de Nara Normande
Nunca estamos preparados para a perda. Nunca estamos preparados para o luto. Especialmente se formos ainda crianças. A partir do filme Guaxuma, de Nara Normande, uma animação que nos transporta pelas memórias de infância vividas pela realizadora com a sua melhor amiga, entretanto falecida, será lançado o debate sobre o luto na infância. É precisamente através da arte que se pretende perceber até que ponto o seu poder – tantas vezes reparador – permite vivenciar a perda e o luto na infância.
A primeira Mochila Cultural de 2023 é organizada pelo Plano Nacional das Artes em parceira com a Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto e com o Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil, IndieJúnior Porto. Na conversa, moderada pela jornalista Helena Teixeira da Silva, participarão os anfitriões e os convidados – Joana Pupo, atriz e encenadora, Diana Alves, professora da FCEUP, Júlio França, psicólogo clínico/escolar, Joana Félix, professora, e Maria Seco, aluna do 11.º ano.
Abrimos a próxima Mochila Cultural no dia 26 de janeiro, das 11h às 12h30, na Casa Comum e, simultaneamente, no Youtube, no canal da DGEstE do Ministério da Educação.
A Mochila Cultural é um programa destinado a alunos e professores, concebido pelo Plano Nacional das Artes. Cada mochila leva cultura, património e/ou artes às escolas, em articulação com os temas escolhidos pelos alunos e docentes. O seu duplo formato – presencial e online – permite reduzir distâncias e contar com a participação de todos.
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WORKSHOP
Caminhos do Chá no AE do Entrocamento
O Plano Nacional das Artes foi convidado a celebrar a interculturalidade, no AE do Entroncamento, no próximo dia 7 de fevereiro. Este Agrupamento é um lugar de encontro e de diálogo de culturas diferentes. A cultura que é celebrada neste workshop vem de longe, no tempo e na distância, do país do chá: a China.
Maria Emanuel Albergaria preparou um workshop sobre os Caminhos do Chá e sobre a Camellia Sinensis, a planta de chá que cresce nos Açores e que é parte incontornável da identidade da ilha de São Miguel. Nesta atividade, os participantes poderão conhecer melhor a história da planta, mas também manuseá-la e experimentar uma infusão de folhas frescas, vindas diretamente das plantações de chá Gorreana.
As vagas do workshop já estão preenchidas.
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RECURSOS EDUCATIVOS
duARTe, uma peça de Arte
duARTe, uma peça de Arte é uma série infantojuvenil, que procura ensinar e estimular o interesse das crianças pela arte – e não só. Trapalhão, expressivo, minimalista e mudo, duARTe monta-se, desmonta-se, desconfigura-se e até personifica obras mundialmente conhecidas. Vive num museu e acorda 5 minutos antes de as portas abrirem aos visitantes. São esses os 5 minutos que o fazem viajar e viver aventuras divertidas e didáticas. O duArte é curioso e interessado, como qualquer criança, por isso, gosta de aparecer em ecrãs dos museus, de espreitar e interagir com os mais pequenos, ou de ser um amigo que estimula a aprendizagem em forma de duARTe, uma peça de Arte.
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Registos de atividades desenvolvidas no âmbito Indisciplinar a Escola.
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