Árvore, a explosão lentíssima de uma semente. Bruno Munari
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O Plano Nacional das Artes usa o poder educativo das artes, dos patrimónios e das culturas para formar a atenção e reconfigurar o horizonte de possibilidades em que nos movemos, assumindo que as manifestações culturais – música, dança, literatura, artes plásticas, cinema, fotografia, teatro, arquitetura, design, moda, multimédia, e as novas linguagens criadas pelos jovens – são a mediação necessária para o reconhecimento pessoal de cada um e da comunidade que somos e projetamos.
Puseram-nos sementes nas mãos e plantamo-las. Essas sementes germinaram e crescem já em museus, praças, bibliotecas, teatros, jardins e em escolas do território nacional.
Cuidamos das sementes juntos. Já somos uma floresta.
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BIENAL CULTURA E EDUCAÇÃO
Retrovisor: uma história do futuro
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Um retrovisor obriga-nos a olhar para trás para melhor podermos avançar. É precisamente com ele que seguimos para a primeira edição da Bienal Cultura & Educação, que decorrerá entre 1 de março e 30 de junho de 2023, em todo o território nacional, e onde a criação e a programação artísticas para e com crianças e jovens contará com a participação dos mais diversos agentes culturais e educativos.
Assente num modelo de democracia cultural, a Bienal é uma medida integrada no Plano Nacional das Artes que, com um recuo repleto de passos em frente, nos sacia a vontade de reativar projetos que se destacaram nos últimos anos/décadas, e cujo legado nos continua a provocar pensamento e a desejar ação.
A Bienal tem como objetivos, por um lado, promover a reflexão sobre o lugar das expressões e das linguagens artísticas na educação e na vida dos cidadãos mais jovens e, por outro lado, divulgar o trabalho das mais variadas áreas artísticas e criativas para a infância e a juventude. Num formato de ensaio, entre março e novembro de 2022, foram promovidos seis Encontros Pitch para que TODOS pudessem apresentar os projetos que irão incluir na Bienal e que poderão circular pelo país: exposições, performances, espetáculos, debates e o que mais couber neste Retrovisor.
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FORMAÇÃO
Escolas como polos culturais: programar em colaboração
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A formação As Escolas como Polos Culturais: programar em colaboração, destinada aos coordenadores do projeto cultural de escola (PNA), aos coordenadores do PNC, do PNL e do PEEA (integrado no PNA desde setembro de 2022) e aos professores bibliotecários (RBE), iniciou em junho, com 9 agrupamentos de escolas que participarão na 1.ª Bienal Cultura & Educação com os projetos desenvolvidos nesta oficina.
A formação alicerça-se em conceitos como “mediação cultural”, “manifestações culturais”, “programação cultural”, “competências de colaboração”, entre outros, demonstrando claramente que, “A complexidade da produção cultural e artística e a diversidade cultural que encontramos nas escolas são uma combinatória com elevado potencial transformador do contexto escolar, das práticas pedagógicas e das práticas sociais que na/a partir da escola acontecem.”, de acordo com Elisabete Paiva.
Programar nas e a partir das escolas afigura-se como uma tarefa infinita de possibilidades que transformam as escolas em polos culturais.
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A Academia PNA pretende difundir o poder criativo e indisciplinador das manifestações artísticas e patrimoniais na escola e na ação educativa, tornando-a, desta forma, mais transdisciplinar e inclusiva. Dada a heterogeneidade do público-alvo a que se destina e dos temas de que trata, um dos seus principais objetivos é precisamente proporcionar formação que seja uma resposta aos desafios que se sentem no dia a dia, entendendo a cultura como currículo e como uma ferramenta de apoio para as diversas disciplinas – não perdendo, ao mesmo tempo, o carácter lúdico das artes.
A bolsa de ações de formação e de formadores da Academia PNA – formada por artistas e mediadores culturais, em parceria com muitas das mais importantes instituições culturais portuguesas – articula a pedagogia das artes, patrimónios e culturas com a política educativa e as tendências da sociedade, sempre com foco nas crianças e nos jovens e no seu papel interventivo e participativo no exercício de uma cidadania ativa e esclarecida.
A porta da sala está aberta para que todos façamos parte desta Academia.
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PARCEIROS
Museus e Escolas como motores
da democracia
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Esta formação/seminário, destinada a educadores, professores, museólogos e mediadores culturais, nasce da visão de que tanto os museus como as escolas fazem parte da ampla rede educativa de uma sociedade.
Seguindo o projeto Educação para a Cidadania em Museus, dos Museus Estatais de Berlim, embarcamos numa viagem reflexiva sobre tensões que hoje se vivem, sobre justiça social, sobre reivindicações sociais, sobre construções ativas do presente e do futuro a partir do que sabemos do passado, sobre participação democrática, sobre cidadania esclarecida e sobre consciência cívica.
Relembramos que se encontram abertas as inscrições para esta ACD/Seminário organizada pelo Plano Nacional das Artes e pela Acesso Cultura, que terá lugar no próximo dia 25 de novembro, em formato presencial ou online, com a duração de 3h, e onde poderemos ouvir Leonard Schmieding (trabalhou para a Prussian Cultural Heritage Foundation), David Felismino (Museu de Lisboa) e Susana Gomes da Silva (Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian).
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ARTISTA RESIDENTE
UmColetivo na Escola Básica
de Vila Boim
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Os alunos da Escola Básica de Vila Boim, pertencente ao Agrupamento de Escolas n.º 3 de Elvas, resultante da sua adesão ao Plano Nacional das Artes, apresentaram os resultados do seu Projeto Cultural de Escola – O que na comunidade é incomum –, desenvolvido em 2021/2022, juntamente com os professores, os artistas residentes e também com os parceiros envolvidos, a Associação UmColetivo e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI). Na sessão foi apresentado um documentário realizado pela UmColetivo sobre todo o trabalho desenvolvido na escola, a que se seguiu uma partilha de experiências pelos alunos e um balanço da iniciativa.
O projeto contou com residências artísticas, sempre apoiadas pela OEI, em áreas como o teatro, a música e a dança, articuladas com as aprendizagens essenciais de várias disciplinas dos currículos dos 5.º aos 9.º anos. A UmColetivo, responsável pelo desenvolvimento do “Projeto Artista Residente”, garantiu também um espaço de programação e de curadoria, acessível a toda a comunidade escolar.
Da parceria deste Projeto Cultural de Escola entre o OEI e o PNA resultou um relatório elaborado por Simone Donatelli – Cada um é um Artista na Escola de Vila Boim, não esquecendo nele o projeto do ano letivo anterior – Se a Pele é Fronteira, o Corpo é Território – Proposta para um corpo de diálogos em português, em espanhol e em silêncio, realizado pela UmColetivo na Escola de Vila Boim.
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Registos de atividades desenvolvidas no âmbito Indisciplinar a Escola.
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