PREMISSAS E VALORES
"Pertenço ao número dos que atribuem à poesia uma enorme responsabilidade; a de transformar o mundo."
Natália Correia
|
|
O que seria a vida sem música e literatura, arquitetura e design, cinema e pintura, dança e teatro? Compreendemos as artes como parte da vida – e não um mundo paralelo, fora da existência ou num âmbito isolado da "cultura". Como afirmou Sophia de Mello Breyner Andersen, na intervenção que fez na Assembleia Constituinte, em 2 de setembro de 1975: "(…) a cultura não é um luxo de privilegiados, mas uma necessidade fundamental de todos os homens e de todas as comunidades. A cultura não existe para enfeitar a vida, mas sim para a transformar – para que o homem possa construir e construir-se em consciência, em verdade e liberdade e em justiça (…)". Nesse sentido, a estética não está distante da ética nem da política. Recuperaremos, com esta certeza, o propósito e esforço de muitos artistas desde os anos 60 e 70 do século XX: cruzar a arte e a vida, revelá-las como uma unidade. Assim, não valorizaremos apenas o objeto artístico, mas o processo criativo e a atitude estética.
|
|
BIENAL CULTURA E EDUCAÇÃO #1
Oficinas de Cinema: “Quem Conta um Conto” e “Olhar com o Museu”
|
|
A oficina “Quem Conta um Conto”, do AE de Mértola, debruçou-se sobre a tradição oral e sobre o cinema como arte de engendrar imagens e sons que (re)contam histórias. A oficina “Olhar com o Museu”, do AE n.º 1 de Beja, partiu de peças e dos espaços do núcleo visigótico da Igreja de Santo Amaro, na mesma localidade, para uma abordagem cinematográfica diferenciada: o cinema experimental, documental e ficcional. As duas oficinas fazem parte do projeto Olhar pelo Tempo da associação Entre Imagem, que resultou de uma parceria entre o PNA, o projeto Próximos, a Cooperativa Boa Criação, a Biblioteca Municipal de Mértola, a Casa das Artes Mário Elias e o Museu de Mértola Cláudio Torres. Em Beja, com o Agrupamento de Escolas n.º 1, o projeto “Olhar com o Museu” teve como parceiros o Museu Rainha Dona Leonor e a Associação dos Amigos do Museu. O financiamento destes projetos foi garantido pelo Instituto do Cinema e Audiovisual e pela Direção Regional de Cultura do Alentejo. Através de um olhar atento sobre o património ambiental e cultural, material e imaterial, pretendeu-se criar e aprofundar, nas crianças e nos jovens, os laços de pertença ao seu património, levando-os a valorizar as suas culturas e raízes.
|
|
MOCHILA CULTURAL
O Peculiar Crime do Estranho Sr. Jacinto
|
|
O PNA e a Fábrica das Artes do Centro Cultural de Belém, no âmbito do projeto Cultura É Educação, receberam no grande auditório do CCB, no dia 23 de junho, alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, professores e outros elementos das comunidades escolares, para assistirem à Mochila Cultural, onde foi apresentada a curta-metragem O Peculiar Crime do Estranho Sr. Jacinto, do realizador Bruno Caetano, a partir do conto de Manuel Ruas Moreira e com música ao vivo de Filipe Raposo. Seguiu-se uma conversa em torno dos aspetos criativos e técnicos desta produção, de cinema de animação em stop-motion, e da sua mensagem ambientalista, presente nas preocupações dos públicos mais jovens.
As Mochilas Culturais são transmitidas em streaming através do canal Youtube da DGEstE e integram o Plano de Recuperação de Aprendizagens Escola+ 21/23.
|
|
COMEMORAÇÃO
Centenário do nascimento de Natália Correia
|
|
Nas comemorações do centenário do nascimento da escritora, poetisa e política Natália Correia (1923–1993), o PCE da ES D. João II, em Setúbal, associou-se ao evento “Maio, mês de Natália Correia”, apresentando, em jeito de homenagem, várias atividades culturais: “O botequim de Natália Correia – A cidadela da liberdade, uma tertúlia poética"; “À conversa com... o escritor Fernando Dacosta e a cineasta Rosa Coutinho Cabral”; exposição de retratos desenhados pelos alunos do Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais; instalação artística “A mala de Natália” da autoria do artista plástico Andreas Stocklein, integrado no projeto Constelação Natália.
|
|
COLABORAÇÃO
PCE's dos AE de Vila do Bispo, AE de Monchique, AE de Rio Arade, Lagoa, em parceria com artistas e as autarquias
|
|
A colaboração entre artistas, técnicos autárquicos especialistas em património local, professores e alunos permitiu a construção do projeto transversal PARTe – Arte e Território, durante as residências artísticas de dois meses nas escolas. A partir de um percurso de interpretação ambiental na praia do Castelejo, os alunos do 2.º ciclo do AE de Vila do Bispo entraram no mundo do teatro com Nelda Magalhães. Também os alunos dos 1.º e 3.º ciclos do AE Rio Arade, Lagoa, vivenciaram esta área artística com Rita Wengorovius, através da exploração de percursos ambientais no Parque Municipal do Sítio das Fontes, no estuário do Rio Arade. Coube ainda aos alunos do 1.º ciclo do AE de Monchique a descoberta da dança com Alice Duarte. Este projeto colaborativo, assente em metodologias criativas e participativas, incluiu uma apresentação à comunidade.
|
|
FORMAÇÃO
UNESCO Multistakeholder Dialogue on Culture and Arts Education, Paris e ACD Cultura É Educação
|
|
No dia 25 de maio, a subcomissária do PNA, Sara Brighenti, participou no UNESCO Multistakeholder Dialogue on Culture and Arts Education, em Paris, na sessão sobre “Resiliência e bem-estar: caminhos sustentáveis para o bem-estar individual e social”, onde falou, entre outros oradores, sobre cultura e educação artística como motores de florescimento de autoconfiança e de resiliência e como propulsores da construção de competências e aptidões sociais e emocionais, num desenvolvimento que se pretende sustentável e inclusivo.
Ao longo de quatro anos, o projeto Cultura É Educação apresentou um programa cultural que se desenvolveu em diferentes eixos, resultante de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas de São Bruno, em Oeiras, a Fábrica das Artes, o PNA e a Câmara Municipal de Oeiras. O fim deste ciclo foi marcado, no dia 23 de junho, no grande auditório do CCB, com uma partilha pública do seu percurso, partindo de uma seleção do arquivo audiovisual reunido e de comunicações de alunos, professores e artistas.
|
|
PROJETO CULTURAL DE ESCOLA
CONSTRUINDO UM ECOSSISTEMA CO-IMAGINADO, AE de Sabóia, Odemira
|
|
Ao longo deste ano letivo, o projeto Construindo um Ecossistema Co-Imaginado procurou, por um lado, implementar metodologias relacionais e de aproximação ao contexto local com a comunidade escolar do AE de Sabóia e, ao mesmo tempo, possibilitar a experimentação de modos de participação ativa, através da cocriação de uma paisagem imaginada, onde os participantes se relacionaram com o tempo, o espaço e o corpo num conjunto de narrativas abertas à subjetividade. O trabalho desenvolvido neste projeto, incluído no PCE, culminou na apresentação à comunidade de uma performance coletiva, na Igreja da Misericórdia, em Odemira, lugar escolhido para acolher as várias manifestações artísticas.
|
|
ENTREVISTA
Maria João Frade, Ana Sendas e Susana M. G. Silvério
|
|
“Nós propusemo-nos a fazer uma revolução e as revoluções são mesmo assim: as artes confluem para as liderar.”
As três narrativas diferentes de Maria João Frade, fundadora da Casa da Avenida, Susana M. G. Silvério, coordenadora do Projeto Cultural de Escola (PCE), e Ana Sendas, bailarina, encontraram um espaço e um tempo comuns nas Cartografias do Fim do Mundo. Este título, que poderia ser de um livro de poesia, é o título do PCE do AE Lima de Freitas, em Setúbal. A localização isolada da escola faz com que os alunos vivenciem um sentimento de insularidade - para eles, um quase fim do mundo - agora redesenhado no mapa com novos meridianos e paralelos, que colocam a escola e, consequentemente, os alunos, no centro da comunidade. A Casa da Avenida foi o artista residente coletivo durante este ano letivo no Agrupamento.
Leia na íntegra a entrevista.
|
|
Registos de atividades desenvolvidas no âmbito Indisciplinar a Escola.
|
|
|
|
|